Sempre acreditei que o fato de ter uma infância pobre em recursos materiais, com escassez de comida, vestimenta e até mesmo afeto, não era capaz de me impedir de sonhar e realizar meus sonhos.
Mesmo perdendo minha mãe com um ano de idade e tendo que lidar com o abandono do pai, moramos com minha avó e fui educado por muito tempo por minha tia, até restaurar o relacionamento com meu pai. Por muitas vezes, vendi coxinhas na rua, varri portas de padarias e trabalhei na serralheria com meu irmão para ter a chance de conquistar meus desejos de criança. “Não podemos ser reféns das circunstâncias; precisamos ser protagonistas da nossa história.”
Sai de casa aos 14 anos pela primeira vez, e fui com uma palavra: eu não volto sem a minha vitória. Era o sonho de ir ao Mundial de Clubes. Após muitos nãos, passei por várias frustrações, rejeições e falta de apoio financeiro, além de ter que lidar com lesões e, muitas vezes, o sentimento de abandono por estar caminhando sozinho. Aprendi a ser resiliente, a ter fé e a perseverar para realizar os sonhos.
Após me profissionalizar, entendi a importância de estar ao lado dos melhores atletas e buscar sabedoria com as experiências que eles tiveram. Ao mesmo tempo, ler e me capacitar me ajudou a ser um gestor e líder da própria vida e carreira. Pude realizar o sonho de ser campeão da Libertadores, jogar ao lado do Ronaldinho Gaúcho e conquistar o bronze no Mundial de Clubes da FIFA.